cinema educativo

2010-04-12  22:47

 

No início do séc.XX, a educação encontrava-se sem nenhum programa educativo e as verbas dirigidas a infra-estrutura tornaram-se um capítulo utópico em nossa história.

O uso do filme na prática educacional provocou transformações no ensino baseado, até então, em imagens estáticas. A linguagem imagética disponível antes era somente através de livros, fotografias, gravuras e pinturas, que permitiam, dessa maneira, que o aluno conhecesse as diferentes culturas do país e do mundo. Mas para ter acesso aos novos conhecimentos, era necessário estar alfabetizado. A arte cinematográfica veio ao encontro da possibilidade de veicular a cultura às gerações analfabetas, uma vez que os códigos imagéticos visuais independem do sistema da escrita, que segue uma estrutura gramatical e ortográfica complexa. Sem contar, ainda, que o ensino era centrado na figura do professor, que, através de exposições, quase sempre orais, narrava o saber histórico aos educandos. O filme trouxe essa perspectiva de mudança. 

 

O cinema educativo, na década de 1920, foi assunto dos mais importantes, tratado pelos dirigentes educacionais, vindo a ser tema de exposição no Rio de Janeiro organizada por Cecília Meirelles. Para Cecília Meirelles os métodos são caminhos que levam às finalidades educativas, são meios – no caso específico, a cinematografia educativa. Ela observa as vantagens deste equipamento no processo de ensino/aprendizagem no que tange aos valores culturais, bem como às vantagens da leitura da imagem, passíveis de ser aproveitadas pelo recurso que os filmes potencialmente dispõem para o ensino.

Cecília Meirelles coloca a inserção do cinema educativo como necessidade oriunda da própria relação evolutiva do homem e das vantagens desta tecnologia no ensino, tornando-se uma necessidade natural, capaz de aproximar distâncias em tempos recordes, ressaltando a riqueza do ensino pela imagem.

Cecília Meirelles, poetisa, pintora, professora e jornalista.


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