ensino intuitivo e o desenho
2010-04-11 14:35
Ensino Intuitivo
Teve obrigatoriedade à partir do decreto lei n°88, 08/09/1892.
Em contraposição ao ensino livresco, o ensino intuitivo parte da premissa de que toda a educação deve começar pela educação dos sentidos. O método intuitivo, na definição de Buisson (1897, p. 9), “[...] é aquele que em todo ensino faz apelo a esta força sui generis, a este olhar do espírito, a este ímpeto espontâneo da inteligência em direção da verdade. Ele consiste não na aplicação de um ou outro procedimento, mas na intenção e no hábito geral de fazer agir, de deixar agir o espírito da criança em conformidade com o que nós chamávamos a pouco de instintos intelectuais”. Os livros deveriam ter um papel auxiliar no processo de ênfase à exoerimentação empírica do aprendiz, e não de fonte exclusiva do conhecimento. Dando ao ensino o caráter prático, calcado ao industrialismo, onde preconizados por Bacon, Lutero, Froebol, Rousseau, entre outros " Reconhecem ser o ensino que se faz por meio da demonstração sensível, visível, palpável..."
Rui Barbosa, de posse das novas idéias vigentes nos países desenvolvidos, apresentou o Método pela primeira vez no Brasil de forma mais sistemática, com seus princípios e fundamentos. Ele foi um
ardoroso lutador pela modernização do ensino no Brasil, difundindo em São Paulo a tradução do livro "Primary object lessons" de Norman Calkins, para "A lição das coisa", que fica inserido como disciplina no programa de ensino de 1941 para as escolas primárias. Infelizmente inserido como matéria e não como metodologia, usado em todas disciplinas. Acabando ficando a prática pela prática.
Rui Barbosa "A educação artística seria umas das bases mais sólidas para a educação popular em nosso país"
Desenho
Rui Barbosa baseia-se no modelo americano para avaliar o ensino de arte no Brasil, como referencia a Walter Smith.
O ensino do desenho passou a ter importância a partir das grandes exposições internacionais, com a revolução industrial, pois os desenhos dos produtos expostos ganharam destaque e simpatia no cenário comercial, deixando de ser uma atividade recreativa. O ensino da arte se engaja como utilidade/aplicabilidade técnica no cotidiano.
A precisão da observação(descoberta) está intimamente ligada com o grau efetivo da aprendizagem. Desta maneira o desenho é inserido no currículo como linguage, com o objetivo de educar a visão, devendo servir como instrumento e não como diversão.